Fugere Urbem
em algum lugar alguém me espia. Razão idêntica pela qual também o faço. Buscar, em termos, aquilo que digo, ou aquilo que faço, para dar ao meu amor ensejo suficiente pra que não se sinta por total desamparado. É tudo inconsistente o que digo. Imaginar tua figura sendo feliz em outros braços. Isso é dor de cotovelo; afinal: há tanta gente no mundo! Pois o mundo é grande e estou só. "Vá estudar, guri! Olha que a vida passa"...estudar...pra quê? Pra mostrar pro mundo que sou capaz de resolver equações, de discernir uma composição artística, de estabelecer entre facúndia e sucesso paralelo misterioso? De que adianta isso tudo se o que eu quero não há equação que me possa fornecer. Não tenho medo deste mundo meramente preso às estruturas lógicas, jogos sentenciados com falácias amenas e silogismos baratos: isso meu cérebro é capaz de processar. Tenho medo de o mundo real que existe em mim; que não é feito de lúdicos paradigmas sintáticos, tampouco de variáveis ou constantes. O mundo que sou e é intraduzível, impenetrável...tal qual todos percebem e, desesperadamente, correm...
1 Comments:
Nem preciso dizer que as suas palavras cabem à minha boca, né?!
Vivo num mesmo mundo intraduzível e impenetrável, com os pés fora do chão, a gritar as roucas palavras sem som e a correr sim, mas para perto do seu mundo.
beijoca
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